Vovó do Techno e exposição Science Museum


Exposição da Vovó do Techno, em Londres, conta a história da criação dos primeiros equipamentos sintetizadores de música eletrônica.
Vovó do Techno e exposição Science Museum

Às vezes você procura na internet mais informações sobre música eletrônica, mas tudo o que encontra são conteúdos superficiais, sem consistência, não é? Pensando nisso, a Vovó do TechnoDaphne Oram (foto), uma compositora britânica, inaugurou uma exposição em Londres. Localizada no Science Museum – www.sciencemuseum.org.uk  -, a mostra exibe os equipamentos que ela utilizava para criar suas músicas na época de sua juventude.
Daphne Oram, (nascida em 1925), é uma das primeiras pessoas a criar produtos para produzir e-music. Logo, a exposição serve para mostrar como hoje a vovó, antigamente uma jovem engenheira, estava muito à frente de seu tempo.
Quando tinha 18 anos, ela foi trabalhar como engenheira de som da BBC, na área de criação e efeitos para peças de radioteatro, na época muito famosas, também conhecidas como radionovela. Ela conta que muitas vezes extrapolava seu turno para compor e aproveitar, assim, os equipamentos que tinha a seu alcance.
Alguns anos mais tarde, na década de 50, Daphem Oram foi nomeada comandante da unidade responsável pela produção de efeitos e trilhas sonoras especiais para os programas, ainda na BBC Radiophonic Workshop. Porém, mesmo estando bem empregada, preferiu pedir demissão e apostar em suas próprias obras e composições.
Logo, a engenheira que também era artista, criou seu estúdio, que foi chamado de Folly Tower (em tradução livre A Torre da Folia). Nesse espaço ela criou um sintetizador, o Oramics, que podia converter imagem em som. Através dele, Daphne criou efeitos sonoros do filme “Os Inocentes”, de 1961.
Esse trabalho rendeu à engenheira novos contatos para trabalho, como o do filme “Uma Odisséia no Espaço”, de 2001, em que o cineasta Stanley Kubrick fez questão de entrar em contato com a engenheira artista para que pedisse que ela cuidasse dos efeitos sonoros do filme.
A exposição, que ficará disponível para o público até dezembro de 2011, em Londres, traz uma réplica do Oramics, além de várias imagens do arquivo pessoal da produtora e um dispositivo interativo que permite ao público brincar com sons semelhantes aos criados pelo Oramics. Já um novo aplicativo que foi criado para iPhone e que reproduz o Oramics, criado pela Goldsmiths University, também está disponível no evento.

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