A indústria da música por muitos anos foi dominada exclusivamente por homens. Com exceção de alguns casos mais marcantes do cenário do rock, blues, jazz ou pop, a maioria dos gêneros nasceu e foi difundida pelo sexo masculino – e essa realidade inclui também a trajetória da música eletrônica. Afinal, os DJs e produtores de e-music estão entre os maiores representantes do clube do bolinha da música no mundo inteiro, o que começou a incomodar a mulherada lá pelo final da década de setenta, quando elas resolveram tomar parte do seu espaço e mostrar seu valor.
Assim começaram a pintar no mercado da música eletrônica algumas figuras que hoje já contribuem muito para a evolução do estilo musical que tanto cresce no Brasil e no mundo. Não demorou muito para que o conhecimento técnico aliado à tecnologia também passasse a ser atividade dessas meninas que dominam os programas em computadores e turntables.
Se você quiser conhecer e saber mais sobre esse cenário eletrônico, o livro “Pink Noises: Women on electronic music and sound” é uma boa opção de leitura. Houveram alguns pedidos, porém o livro não foi traduzido para o português, então se você quiser adquirir a obra pode utilizar o site da Amazon. É uma boa opção de leitura. Ele é baseado nas músicas e mulheres do álbum de música conhecido como “Women on electronic music and sond” que foi criado em 1977, com o objetivo de compensar à falta de espaço dado as mulheres no mercado fonográfico. O livro contém vinte e quatro entrevistas com mulheres que trabalharam como DJs, produtoras de e-music de várias gerações da cena eletrônica.
Exemplo dessa força musical são as DJs brasileiras como Mara Bruiser, K-Milla, Ana do PetDuo, Ingrid, Denise Konzen, Eli Iwasa e Mary Zander estão entre as cem melhores DJs do mundo. E que têm ocupado cada vez mais seu espaço no mercado da música eletrônica brasileira e mundial nos últimos anos.
Outro exemplo é a balada “Make me Up” que acontece uma vez por mês em São Paulo, a festa é organizada só por mulheres, mas se engana quem pensa que os cuecas não podem curtir também. A casa é aberta ao público e qualquer pessoa pode dançar ao som das garotas que arrasam a cada edição. A ideia nasceu em um bate papo entre as amigas DJ Marisa Oliveira, conhecida também como a Miss Má do Studio SP e a jornalista Flávia Durante, quando decidiram passar um “blush nas picapes” e mostrar que as mulheres entendem tudo de música eletrônica.
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