Apesar de em todas as edições se esgotarem o número de ingressos, o Festival Glastonbury anunciou que vai encerrar suas atividades daqui a três ou quatro edições (anos). O anúncio foi realizado pelo seu fundador, Michael Eavis, em entrevista ao jornal inglês The Times, após a realização do evento deste ano, que ocorreu entre os dias 22 e 26 de junho.
Para Eavis, idealizador de um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo, que ocorre a 41 anos no Reino Unido, o motivo principal é o econômico, já que o evento tem dado enorme prejuízo, mesmo com a venda de todos os ingressos.
A verdade é que o glamour do Glastonbury Festival atrapalhou sua própria sobrevivência. Apesar de vender milhares de ingressos, a organização sabe que não conseguirá pagar os músicos com essa verba. Afinal com a intenção de trazer os melhores artistas, se gasta muito com a produção dessas mega atrações e os patrocinadores têm aparecido cada vez menos nos últimos anos, graças à crise econômica da Europa.
Este fato transformou a conta do festival em um arrombo financeiro. Para a organização, os ingressos só esgotam porque as atrações são grandes, mas isso não segura o prejuízo crescente.
As atrações do evento são mesmo um caso a parte e deixarão saudades. Só neste ano oGlastonbury contou com a presença de figuras como Pop’s comoe Morrissey, Beyoncé, Nicolas Jaar, U2, Maya Jane Coles, Julio Bashmore, Soul Clap, Tensnake, Appleblim e Al Tourettes, Seth Troxler, Jamie Jones e Damian Lazarus. Além de uma lista imensa de DJs.
Infelizmente nos últimos anos, essa realidade é muito presente no cenário europeu da música eletrônica. Outro exemplo é o clube The End, que foi considerado por muitos anos como ícone de Londres (desde 1995), e que fechou suas portas na West Central Street, em janeiro de 2009.
Se o Glastonbury Festival chegar ao fim mesmo, o que vale para os fãs é guardar as lembranças. E se você quiser marcar presença nas últimas edições, fique de olho na programação de 2012.
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